OUTROS FORMATOS DE FAMILIA

Já faz tempo que discutimos as mudanças ocorridas nas familias.
A separação, o divorcio e os recasamentos provocaram grandes modificações
no grupo tradicionalmente formado por um homem e uma mulher com filhos.
Há 20 anos, surgiu uma nova discussão: a formação de grupos familiares baseados
em em um casal de pessoas do mesmo sexo.
Não faltou quem defendesse a configuração familiar tradicional em nome do desenvolvi-
mento "sadio" das crianças.
Quando casais começaram a se separa, diziam que seus filhos tinham todos os riscos de serem
problematicos. Mas essa profecia não se realizou.
Mesmo com a visibilidade da condição homossexual de pessoas que lutam por uma
vida digna, com os mesmos direitos civis de todos,  ainda ha preconceito.
E as crianças têm sido usadas como o fiel da balança.
O que é importante para o desenvolvimento saudavel de uma criança?
Que ela seja amada, primeiramente. E não se trata de enche-la de abraços e beijos.
Trata-se de um amor que se expressa em cuidados, na proteção sem exagero e na
presença adulta para a introdução da criança nas relações com os outros.
Ora, qualquer pessoa pode, potencialmente, oferecer isso, seja homossexual ou não.
Do mesmo modo, qualquer um pode não ter disponibilidade para oferecer esse
contexto a um filho.
Então, para a criança, pouco importa a configuração familiar a que pertence.
Importa que a familia lhe ofereça o sentimento de pertencimento e que sirva
como guia na introdução à vida em grupos.
Todo adulto tem compromissos humanos e éticos com as crianças, responsaveis
por nosso futuro.
Isso implica muitas responsabilidades, como a de superar preconceitos.
Temos a obrigação de olhar para os novos contextos familiares somente
sob a ótica da paternalidade ou maternalidade responsaveis.

"Qualquer pessoa, homossexual ou não, pode oferecer amor, cuidados e proteção para uma criança"


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