A mulher, sua essência e sua multiplicidade de papeis.
Ser filha, esposa, mãe, dona de casa,
trabalhar
fora, cuidar de tudo e de todos,
gera em muitas mulheres um sentimento de
“ausência de si mesma”.
Ao
nascer à mulher assume seu primeiro papel de filha, cresce e se torna moça, vem
o papel de namorada. Nesse processo sua constituição se forma de maneira a se
perceber como mulher, o desenvolvimento de seu corpo, seus hormônios, roupas
maquiagem e todos os acessórios que compõem a essência feminina.
Com
o aparecimento do casamento a mulher recebe o papel de esposa e na maioria das
vezes o papel de mãe, esse vem ligado a outros papeis como: dona de casa,
cuidadora dos filhos e do esposo e da casa, além do papel profissional enfim,
de uma multiplicidade de papeis. A mulher passa a desempenhar tantos papeis que
a sua essência mulher perde espaço e tempo.
Para o homem sua missão é mais
simples (por uma questão patriarcal), o homem é esposo e provedor nem sempre os
dois, o que na cultura machista lhe assegura o “direito” de sentar no sofá,
controlar os canais de TV e aguardar a refeição. Se o filho chora ele pede para
este ir até a sua mãe, resumindo, ser homem em uma sociedade patriarcal é bem
mais simples.
A
mulher quando tem profissão, precisa antes de sair de casa, arrumar os filhos,
leva-los à escolinha, preprarar o almoço do marido, achar as chaves e só depois
que todos foram atendidos em suas necessidades, ela se arruma e sai para a sua
luta. Cuidar de casa, do marido, dos filhos e do emprego, pagar contas além de
se preocupar com a segurança e a saúde de todos, lhe esgota, não sobra tempo
para olhar para si.
Falo
de procurar por si mesma e encontrar-se como mulher, pelo seu nome de batismo e
suas necessidades como pessoa, achar espaço para se gostar, voltar-se para o
seu interior e amar o que encontrar e o que se tornou. Entende?
Vejo
muito na clinica é mulheres que não estão satisfeitas consigo mesmas, com o
cônjuge e com a vida que levam. Mulheres que querem se sentir amadas como
mulher, não mãe, não cuidadora do lar, não pelos papeis que desempenham na
vida. Vejo muitas mulheres sentindo
falta de si mesma e que os papeis desempenhados não suprem a falta, a ausência
em sua intimidade feminina, ao contrario, por desenvolver todos os outros
papeis acabam por se excluírem, elas desabafam que estão pagando um preço muito
caro. O casamento que tornou-se uma rotina, as lutas para dar aos filhos um
pouco de conforto, os problemas no trabalho e quando de fato olham – se no
espelho não se reconhece mais, não veem a menina, moça, mulher de outrora.
O
descontentamento aparece no casamento e seus conflitos, mas lá no seu intimo, o
que procuram de fato é tempo para serem elas mesmas, irem ao cinema, ao parque
ou sentar com um grupo de amigos e bater papo descompromissado, sem ter que
olhar para o relógio, ou atender marido ou filhos no celular, tempo de se
amarem por serem mulheres, sentir o prazer de fato pelas realizações e mesmo
assim encontrar-se, amar-se e assim poder dizer com prazer, SOU MULHER.
Mario
Souza
Psicólogo
vivo:
94350-4959
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