REAPRENDENDO A VIVER.

Olhando a chuva molhar o vidro da janela esparramando se pelas ruas e partindo mundo afora, percebo sua caminhada com olhos tristes. Vejo-me sentado vendo o que acontece lá fora sem tomar partido, somente observando, calmo e paciente, aguardando o inevitável como um animal em época de abate. Quando a idade avança você tem que ter aprendido a viver independentemente, caso contrario você sofre em demasia.

Aquele que estruturou a vida ao lado de uma companheira curtiu a vida a dois, planejou seus passos ao lado de quem ama, sem muito a oferecer ao mundo e sem muito a esperar da vida, passa por apuros quando a companheira (o) deixa esse plano terrestre e a solidão bate a porta.

Tem que ter a vida direcionada também ao próximo, precisa de amigos, de atividades, de contato com pessoas, pois a idade quando chega é muito mais suportável ao lado de outros seres.

Construíram-se suas vidas somente a dois, na falta de um o outro se desfaz. Cada item da vida fica atrelado ao outro, hora de levantar, comer, roupa a usar, aonde ir... São dependência que na ausência causa o esmorecimento, apatia e a entrega. O mundo pode ser mais suportável na presença de parentes ou de amigos, quando tem se atividades individuais, hábitos próprios e assim, mesmo na perda, a de se continuar, de dar importância a planos não concluídos, deve-se por em movimento em busca de formas de ser feliz e saber que o viver é o mais importante mandamento divino.

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