De Mário Déggas
...Deixei a mochila no chão e me joguei na cama, respirando todo o estresse da minha fuga. Estava cansada, assustada e eufórica. Fechei os olhos e deixei o peso das minhas ações se apossarem da minha vontade.
As lágrimas ameaçaram molhar meu
rosto, mas desta vez resisti para contê-las e, num momento de reflexão íntima,
conversei com minha mãe invisível.
— Estou com medo, mamãe. Não sei o
que me espera. Não tenho a menor ideia de como vou sobreviver sem você.
O silêncio veio como a única resposta
para as minhas angústias.
Por um tempo fiquei ali deitada e
sem pensar no que viria a seguir. Até o vento invadir a janela, arrepiando os
pelos do braço como um presságio, obrigando-me a sair da autopiedade em que me
encontrava...
Trecho do livro: "No silêncio dos teus olhos".
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